O PSOE ganhou as eleições de domingo e continua a ser “o partido hegemónico à esquerda, sem contestação possível.” Foi desta forma que o ministro interino do Fomento, José Luis Ábalos, avaliou os resultados das legislativas da véspera. Isto apesar de o partido ter perdido três assentos parlamentares (tem agora 120 deputados). “Somos o único partido de âmbito nacional a conseguir representação nas 17 comunidades autónomas, o que nos converte nos únicos capazes de dar uma resposta política”, prosseguiu, embora destacando: “Temos de assumir os resultados com humildade e com o realismo certo e necessário.”
“Na campanha falou-se muito em desbloquear. Não sabemos quais vão ser os bloqueadores mas têm uma nova oportunidade”, lembrou, assegurando todavia que os socialistas não ficarão “à espera” e serão “pró-ativos”. O recado tinha um destinatário implícito: Pablo Iglesias. O líder do Unidas Podemos (agora com 35 deputados) e o primeiro-ministro em funções, Pedro Sánchez, não conseguiram chegar a acordo, o que inviabilizou a tomada de posse do socialista e precipitou as quartas legislativas em quatro anos – as segundas só este ano. Iglesias acusou a receção da mensagem e impôs as suas condições: um Governo de coligação com seis ou sete ministérios para o Podemos, incluindo um para o líder, ou seja, para ele próprio.
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