“Pode haver uma decisão política legítima, mas tem de ser assumida com coragem política e não com um argumento pseudotécnico (...) Está a colocar-se a questão económica antes da eficácia [terapêutica]”, acusa Luís Costa, presidente do Colégio de Oncologia Médica da Ordem dos Médicos, responsável pela denúncia, há uma semana, de que há portugueses a morrer de cancro porque lhes foi negada a arma terapêutica capaz de travar o avanço do tumor. “O Infarmed autoriza [o medicamento] quando a doença já passou para um estádio incurável, mas aí perdemos a oportunidade de curar.”
Chocado com a decisão dos peritos do Infarmed, reiterada para centenas de doentes, o oncologista afirma que “o Conselho Nacional de Bioética devia pronunciar-se sobre esta interpretação. Está a colocar-se a questão económica antes da eficácia [terapêutica]”, e se é para continuar a ser assim exige que o Governo assuma a opção e não se esconda em argumentos sem fundamento científico.
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