Maria Brock tinha cinco anos quando soube do acidente no reator número 4 da central nuclear de Chernobyl. Vivia com a mãe em Leipzig, na Alemanha de Leste. “Foi a primeira notícia que me recordo de ter visto. Lembro-me da imagem do reator destruído. A minha mãe deve ter-me explicado que era grave mas sem conseguir perceber bem como e porquê”, relata ao Expresso a atual investigadora e especialista em assuntos soviéticos da Universidade de Cardiff, no País de Gales.
A série "Chernobyl" da HBO reavivara este ano a memória do pior desastre nuclear da história, ocorrido a 26 de abril de 1986, mas o fantasma está de volta após uma explosão, no passado dia 8 de agosto, numa base militar na região de Arkhangelsk, no noroeste da Rússia. A rememoração deve-se não apenas ao medo sempre presente do nuclear, mas também à escassa informação que as autoridades disponibilizaram. Segundo dados oficiais, cinco engenheiros nucleares morreram e seis outras pessoas ficaram feridas. O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o teste estava relacionado com o desenvolvimento de um novo sistema de armas.
Para continuar a ler o artigo, clique AQUI
(acesso gratuito: basta usar o código que está na capa da revista E do Expresso. Pode usar a app do Expresso - iOS e Android - para descarregar as edições para leitura offline)