Centenas de manifestantes invadiram esta segunda-feira o Parlamento de Hong Kong. A data não é uma coincidência: neste 1 de julho, assinala-se o 22.º aniversário da transferência da antiga colónia britânica para a China. Em causa está um projeto de lei de extradição de suspeitos para serem julgados no continente, o que, segundo os manifestantes, representa uma violação das liberdades e direitos garantidos em 1997 – e durante meio século – no âmbito do modelo “um país, dois sistemas”.
Angeline Chan, membro do Grupo de Advogados Progressistas naquela região administrativa especial, conta ao Expresso que “o projeto de lei que o Governo apresentou carece de muitas das salvaguardas habituais dos acordos de extradição”. “Não há escrutínio pelo Conselho Legislativo [Parlamento] nem salvaguardas por razões humanitárias”, exemplifica. “Tendo em conta a forma como o sistema chinês opera, a taxa de condenação acima dos 90% e o histórico chinês de uso do sistema criminal para oprimir pessoas com opiniões divergentes, o povo de Hong Kong está extremamente preocupado”, reforça.
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