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Berardo acusa comissão de inquérito de “devassa” e de “violar segredo de justiça” e “direito de defesa”

José Berardo rejeita entregar documentação privada à comissão de inquérito. O empresário, que usa o Banco de Portugal para não responder ao pedido dos deputados, diz que a iniciativa parlamentar tem um “real objetivo” escondido

O empresário Joe Berardo esteve na comissão de inquérito à Caixa a 10 de maio. Defendeu que não tinha dívidas pessoais, apesar de as empresas a si ligadas deverem quase €1.000 milhões a CGD, BCP e Novo Banco. E culpou os bancos de incompetência
Tiago Miranda

A guerra entre José Berardo e a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos ganha novas dimensões. As palavras proferidas numa entrevista pelo presidente da comissão parlamentar de inquérito, o deputado do PSD Luís Leite Ramos, constituem um dos argumentos utilizados pelo empresário para se recusar a entregar documentos relativos à associação dona das obras da coleção Berardo. Aliás, há mesmo uma acusação de “violação do dever de segredo de justiça” a Leite Ramos. Não só: o empresário diz mesmo que os deputados estão a impedir o seu direito à defesa e a tentar uma “devassa”.

Na passada sexta-feira, 14 de junho, ficou a saber-se que a Associação Coleção Berardo se recusou a enviar a documentação privada solicitada pela segunda comissão de inquérito à gestão do banco público, que permitiria perceber os contornos daquela que foi catalogada como “golpada” pela deputada Mariana Mortágua e que tirou poder aos bancos sobre a coleção de arte, exposta no Centro Cultural de Belém, e alvo de um acordo com o Estado até 2022.

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