Os breves quatro meses em que Luís Campos e Cunha ocupou o cargo de ministro das Finanças no início do primeiro governo de José Sócrates, entre março e julho de 2005, ainda hoje são um tema de atualidade. Não exatamente pelo que aconteceu durante o seu mandato mas pelas razões que levaram a que ele fosse tão curto. Em especial por uma dessas razões: a nomeação de Armando Vara, antigo secretário de Estado e ministro, além de amigo de José Sócrates, para administrador da Caixa Geral de de Depósitos (CGD).
Essa passagem pelo governo do professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (de que chegou a ser diretor), voltou a estar outra vez na ordem do dia durante esta semana, a propósito das inquirições feitas pelo juiz de instrução da Operação Marquês a Carlos Costa Pina, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (na quarta-feira); a Teixeira dos Santos, que sucedeu a Campos e Cunha como ministro das Finanças (na quinta-feira); e a Carlos Santos Ferreira, ex-presidente do conselho de administração da Caixa, ouvido esta sexta-feira à tarde. Sendo que um dos pontos altos destas três inquirições foi quando Teixeira dos Santos, de acordo com o Diário de Notícias, terá dito que foi ele quem teve a ideia de escolher Armando Vara para administrador do banco público e que José Sócrates, então primeiro-ministro, terá inclusive levantado objeções a essa escolha.
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