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Minoria uigur: o laboratório onde a China apura as tecnologias intrusivas de vigilância

Sob o pretexto de servir os interesses do combate ao terrorismo, um sistema de vigilância intrusivo tem sido reforçado como meio de o regime chinês consolidar o autoritarismo, alertam organizações de defesa dos direitos humanos. As mesmas que denunciam a região de Xinjiang e a opressão à minoria uigur como um ‘laboratório’ para o objetivo maior: exportar este modelo para o mundo

Getty Images

Se o nome Xinjiang não lhe soa familiar, talvez nunca mais o esqueça, antes mesmo de chegar ao fim deste artigo. Limitada a sul pelo Tibete, a norte pela Rússia e a oeste, entre outros países, pelo Cazaquistão, Quirguistão e Afeganistão, a longínqua província autónoma chinesa tem sido motivo, nos últimos anos, para uma troca acesa de acusações entre a China, liderada por Xi Jinping, e a comunidade internacional – ou parte dela.

Em causa está o tratamento dado pela poderosa nação à minoria muçulmana uigur que aí reside, ainda que várias organizações de defesa dos direitos humanos e a própria ONU tenham vindo a alertar para um risco ainda maior: o de a opressão aos uigures funcionar como uma espécie de laboratório para o regime chinês apurar as suas tecnologias intrusivas de vigilância. Objetivo? Aplicá-las primeiro ao resto do país, ao serviço do regime, e no futuro, incrementar a sua exportação para o resto do mundo.

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