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A fé

No princípio foi o ciclone. Depois vieram as cheias. Naquele que será “o pior desastre natural de sempre a atingir o hemisfério sul”, o Governo de Moçambique tenta salvar vidas, embora não consiga precisar o número de mortos. A ajuda humanitária começa a chegar. Ensombradas pelo risco de propagação de doenças, as populações afetadas agarram-se ao que podem, nomeadamente à fé

Moçambique, ou o que resta
JOSH ESTEY / CARE INTERNATIONAL VIA REUTERS

“Alguns familiares estão vivos mas outros infelizmente foram arrastados pelas águas e sobre outros ainda careço de informação”, comenta ao Expresso o professor moçambicano Camilo Lopes, que vive em Mafambisse, a cerca de 50 quilómetros da Beira. Esta cidade da província de Sofala é a mais afetada pelo ciclone Idai, que na semana passada atingiu outras cidades de Moçambique, além de países como o Zimbabwe, o Malawi e Madagáscar.

Os números oficiais mais recentes apontam para mais de 200 mortos em Moçambique, ainda que o Presidente do país, Filipe Nyusi, tenha começado por admitir a possibilidade de mil vítimas mortais. Pelo menos 100 mil pessoas estão em risco de vida, admite Nyusi, que decretou o estado de emergência e três dias de luto nacional. Para as Nações Unidas, trata-se “possivelmente do pior desastre natural de sempre a atingir o hemisfério sul”.

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