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O que liga os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Espanha ao culto do Santo Niño de Cebú?

Os chefes da diplomacia portuguesa e espanhola reúnem-se esta sexta-feira em Lisboa para falar do Brexit e da situação na Venezuela. Numa semana em que alguns sectores da direita espanhola transformaram a celebração dos 500 anos da viagem de Fernão de Magalhães numa bandeira nacionalista, é provável que o tema seja abordado à margem do encontro de Santos Silva com Josep Borrell

Josep Borrell, a imagem do Santo Niño de Cebú e Augusto Santos Silva
João Melancia

O Santo Nino de Cebú é um símbolo de devoção para mais de 80 milhões de filipinos. Mas é também o marco histórico-diplomático do grande contributo para a globalização que o navegador português Fernão de Magalhães trilhou há 500 anos, numa ousada e tormentosa viagem que juntou um cronista italiano, marinheiros gregos, portugueses, espanhóis e de várias outras nacionalidades, e foi financiada por Carlos I de Castela.

Magalhães cumpriu com brio e sacrifício o principal objetivo da expedição que capitaneou e, 14 meses depois de ter saído de Sevilha, a 21 de outubro de 1520, intuiu que o canal das onze mil virgens (hoje conhecido por Estreito de Magalhães) lhe garantiria uma passagem segura para o mar do Sul, que o levaria a encontrar uma passagem marítima para a Ásia pelo Sul do continente americano.

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