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Rede tentacular de Melchior Moreira coloca PJ na peugada de políticos e autarcas

Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, acusado de todo o cardápio de crimes ligados à corrupção, está em prisão preventiva, para acautelar destruição de provas e compra de testemunhas no âmbito da Operação Éter

Governo trocou Lisboa por Viseu para sedear a entidade pública responsável pelo combate aos fenómenos de violência no desporto
Rui Duarte Silva

A investigação que levou à detenção de Melchior Moreira, de Manuela Couto, mulher do presidente da Câmara de Santo Tirso, de um empresário de Viseu e duas diretoras do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) está longe do fim, sendo considerada pelo Ministério público de “enorme complexidade”, face à rede de cumplicidades políticas do até agora líder da entidade pública suspeita de fazer contratos de milhões de euros por ajustes diretos, sobreavaliados ou simulados.

Na presidência do TPNP há nove anos, o único arguido que permanece em prisão preventiva é suspeito de dirigir a entidade pública responsável pela divulgação turística da região norte “de acordo com os seus interesses pessoais”, não hesitando em celebrar contratos com “o intuito de obter benefícios indevidos para si ou para pessoas das suas relações”, com prejuízo para o TPNP. Segundo a investigação da PJ do Porto, Melchior contornou sistematicamente as normas da contratação pública, celebrando contratos acima dos valores do mercado e noutros casos simulados, mesmo sabendo da existência de denúncias que o levaram a ser investigado pelo DIAP.

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