Hugo Silva foi com um grupo de amigos em agosto de 2017 fazer pesca submarina ao largo da Ilha de São Jorge, nos Açores. Como habitualmente, estavam a mergulhar em duplas. O parceiro de Hugo era Rogério Cruz. A dada altura, Hugo sugere ao amigo mudarem de local e sobe para o barco. Rogério diz que vai fazer só mais um mergulho e pede a Hugo que recolha as outras pessoas. Reunida a restante equipa, Hugo perde o rasto a Rogério até que alguém avista ao fundo o que acredita ser a sua cabeça. Era, na verdade, uma boia abandonada, com limos à volta, que ao longe podia facilmente parecer a cabeça do companheiro.
“Só o localizámos ao fim de vinte e poucos minutos e aí já não havia nada a fazer. Comunicámos às autoridades mas os poucos meios de salvamento disponíveis estavam noutra ilha. Era uma zona profunda e com correntes. Não podíamos arriscar e deixar ali o corpo porque podia ser arrastado”, conta Hugo Silva ao Expresso. As autoridades ligaram para o Ministério Público a expor a situação e decidiu-se que, como Hugo “era o único no local com formação”, podia trazer Rogério para cima. “E então tive de trazer esse meu amigo, já cadáver”, diz o instrutor de mergulho de 40 anos, com formação em mergulho de cavernas.
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