ARQUIVO Diário

Índia. Ainda não sabe muito bem se vai acabar com a lei sobre “comportamentos sexuais contra a ordem da natureza”

Depois de há quatro anos ter recusado, o Supremo Tribunal da Índia vai rever a lei que prevê pelo menos dez anos de prisão para “relações carnais contra a ordem da natureza”. Não se sabe ao certo o que isto significa, mas os grupos de ativistas acreditam que possa ser ser o ponto final no tratamento da homossexualidade como um crime. “A lei já não é usada muitas vezes, mas existe. Simplesmente por existir já criminaliza uma escolha privada”

Foto SAJJAD HUSSAIN/AFP/Getty Images

“Independentemente de consentido, quem tiver relações carnais contra a ordem da natureza com qualquer homem, mulher ou animal deve ser punido.” Esta é a secção 377, uma lei dos tempos coloniais britânicos, pelos anos de 1800, mas que ainda vigora. Está no código penal da Índia e o Parlamento não prevê mudanças, mas o Supremo Tribunal pode declará-la inconstitucional. Pelo menos, admitiu revê-la.

“Criminaliza qualquer comportamento sexual contra a ordem da natureza, quer dizer que criminaliza sexo entre adultos, sexo consensual e entre pessoas do mesmo sexo.” Ao Expresso, Meenakshi Ganguly, coordenador da região do sul asiático da Human Rights Watch, defende que se trata de uma “violação da liberdade” e dos direitos humanos. “Acredito que a comunidade LGBT deve ser livre de ter sexo consensual entre adultos sem ter de se preocupar com a discriminação, humilhação ou detenção.”

Para continuar a ler o artigo, clique AQUI
(acesso gratuito para Assinantes ou basta usar o código que está na capa da revista E do Expresso, pode usar a app do Expresso - iOS e android - para fotografar o código e o acesso será logo concedido