Foi uma das razões que levaram a Polícia Judiciária a deter para interrogatório esta quarta-feira Luís Cunha Ribeiro, um médico que foi presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo até dezembro de 2015 e que, antes disso, tinha estado à frente do Instituto Nacional de Emergência Médica, INEM.
Constituído arguido num novo inquérito-crime coordenado pelo DIAP de Lisboa e batizado Operação O Negativo — numa alusão ao tipo mais raro de sangue —, Cunha Ribeiro morou durante alguns anos num apartamento de luxo de Paulo Lalanda e Castro, administrador da multinacional farmacêutica Octapharma, sem que pagasse renda por isso.
De acordo com uma fonte ligada ao caso, o facto de não ter pago pelo uso do andar, situado no edifício Heron Castilho, em Lisboa, onde era vizinho do ex-primeiro-ministro José Sócrates, foi considerado pelos inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária e pelo Ministério Público como uma das contrapartidas pela forma como Cunha Ribeiro alegadamente favoreceu a Octapharma na obtenção de contratos com o Estado para o fornecimento de plasma sanguíneo aos hospitais públicos.
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