Diga-se o que se disser de Cannes 2024, esta foi a edição em que Francis Ford Coppola, Paul Schrader e George Lucas, três nomes capitais para a transformação do cinema americano há mais de cinco décadas, coincidiram por uns dias no mesmo espaço e no mesmo tempo. Coppola e Schrader estiveram no concurso, o primeiro com uma ficção arriscadíssima e difícil de balizar (“Megalopolis”), o segundo com uma 'encomenda' que lhe caiu nas mãos a partir de fonte literária e que é filme tão digno quanto discreto no seu percurso (“Oh Canada”). Nesta sexta-feira, foi a vez de George Lucas receber o terceira Palma de Ouro à carreira da edição em curso (duas outras foram atribuídas a Meryl Streep e aos estúdios nipónicos de animação Ghibli).
Exclusivo
Cannes entre metamorfoses, desilusões e uma Palma de Ouro honorária a George Lucas: “Este festival está num lugar especial no meu coração"
“Marcello Mio”, filme de Christophe Honoré com Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve e Fabrice Luchini foi um dos momentos felizes de uma edição só a espaços memorável. Entretanto chegou a Cannes Mohammad Rasoulof e, a 24 horas do anúncio do palmarés, só é possível ver uma Palma de Ouro no horizonte: “The Seed of the Sacred Fig”