Há filmes que são feitos para lembrar, outros preferem esquecer. Alguma coisa. Ou alguém. Com o esquecimento, talvez apareça uma nova disponibilidade. Leonor Teles não o disse diretamente mas sugeriu que foi este o caso que a levou a realizar “Baan”, um filme que se sente estar perto do osso a nível pessoal e emocional e que começou a ser escrito em 2017 pela cineasta, em conjunto com Ágata de Pinho e Francisco Mira Godinho. “Como é que depois da desilusão de uma relação falhada voltas a confiar em alguém?”, lançou Leonor numa conversa ao telefone antes do festival começar. Digamos que, sem que o filme o diga, “Baan” arranca com esta pergunta.