Exclusivo

Cinema

Leonor Teles em Locarno: “Quando abrimos os olhos ao mundo, é muito mais fácil ver aquilo que está ao nosso lado”

“Baan” é um filme romântico e um retrato geracional de duas raparigas de vinte e poucos anos que começam a gravitar uma na outra entre Lisboa e Banguecoque. Um triunfo para Leonor Teles, que aqui se lança na sua primeira longa-metragem de ficção. Estreia-se esta tarde em Locarno, a concurso pelo Leopardo de Ouro

Meghna Lall, a atriz que interpreta K

Há filmes que são feitos para lembrar, outros preferem esquecer. Alguma coisa. Ou alguém. Com o esquecimento, talvez apareça uma nova disponibilidade. Leonor Teles não o disse diretamente mas sugeriu que foi este o caso que a levou a realizar “Baan”, um filme que se sente estar perto do osso a nível pessoal e emocional e que começou a ser escrito em 2017 pela cineasta, em conjunto com Ágata de Pinho e Francisco Mira Godinho. “Como é que depois da desilusão de uma relação falhada voltas a confiar em alguém?”, lançou Leonor numa conversa ao telefone antes do festival começar. Digamos que, sem que o filme o diga, “Baan” arranca com esta pergunta.