O pintor português Eduardo Batarda morreu esta sexta-feira, 19 de setembro, aos 81 anos.
A notícia foi pela sua família e pelas galerias Miguel Nabinho e Pedro Oliveira, em comunicado citado pelo jornal “Público”.
Nesse texto, pode ler-se que Eduardo Batarda foi “uma figura maior da arte contemporânea”, distinguindo-se “pela originalidade e rigor da sua obra, que marcou várias gerações de artista e críticos. Com um percurso singular iniciado nos anos 60, foi autor de uma pintura profundamente pessoal, marcada pela ironia, pela liberdade formal e pela densidade intelectual, capaz de cruzar referências literárias, musicais e visuais.”
Nascido em Coimbra em 1943, frequentou o curso de Medicina durante três anos, antes de cursar Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde se licenciou em 1968. Entre 1971 e 1974, estudou no Royal College of Art, em Londres. Foi em Londres, em 1974, que nasceu a sua filha, a atriz Beatriz Batarda.
Eduardo Batarda foi também professor na Faculdade de Belas-Artes do Porto, crítico no semanário “Sempre Fixe”, entre 1974 e 1975, e autor de vários textos dos catálogos das suas exposições.
A sua obra pode ser vista no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu do Chiado, em Lisboa, bem como em coleções privadas na Europa e nos Estados Unidos.
Em 2020, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do governo português.