À porta do sepulcro, ainda volto a face
Para ver-te chorar, ó mãe do filho amado,
Que vê, como num sonho, a cena do trespasse...
- Sorver-lhe o eterno abismo o pai idolatrado.
Talvez que ele, a sonhar, te diga: “Mãe não chore
Que o pai há-de voltar...” Quem sabe se virei?
Quando a Acácia do Jorge ainda outra vez enflore,
Chamai-me, que eu de abril nas auras voltarei.
Exclusivo
Todos conhecem Camilo, ninguém conhece Jorge
Foi aberta a pasta vermelha que, desde 1885, guarda a criação artística de Jorge, o “amado filho louco” de Camilo Castelo Branco e Ana Plácido. Com ela, abre-se uma outra porta para a vida e obra do escritor do qual se celebra em 2025 o bicentenário. Cem desenhos estão em exposição no Centro de Estudos Camilianos, em São Miguel de Seide, a última morada da família