Tem Robert De Niro como um dos fundadores, ao lado de Jane Rosenthal, quando há 22 anos surgiu para revitalizar o sul de Manhattan. “Todos os anos, o nosso objetivo é unir as comunidades, despertar a criatividade e inspirar novas ondas de inovação”, diz o ator norte-americano sobre o Tribeca Festival, que este ano terá a primeira edição em Lisboa. “Significa muito para nós trazermos este mesmo espírito a Lisboa – uma cidade que borbulha com uma renovada promessa cultural e económica”, observa.
Co-produzido pela SIC, OPTO e Câmara Municipal de Lisboa, e com o apoio do Turismo de Portugal, a inauguração do Tribeca na capital portuguesa realiza-se a 18 e 19 de outubro, em cinco locais diferentes da cidade. São dois dias que celebram o cinema, mas também outras formas de expressão audiovisual como séries e podcasts, com a presença de figuras tanto portuguesas como internacionais e 20 painéis de discussão sobre temáticas várias diretamente relacionadas com a atualidade. Nestes encontros, personalidades como o próprio De Niro e Jane Rosenthal poderão ser ouvidas pelo público português, assim como as atrizes Whoopi Goldberg e Daniela Ruah, os realizadorres Patty Jenkins e Francisco Froes, os atores Griffin Dunne, Chaz Palminteri e Ricardo Pereira, e os humoristas César Mourão e Ricardo Araújo Pereira, entre muitas outras.
Do mesmo modo, muitos são os filmes a serem exibidos na programação de um festival que procura, como diz Jane Rosenthal, promover “apaixonadamente cineastas independentes e talentos emergentes de todo o mundo”. Neste sentido, nos oito filmes procedentes dos EUA estão incluídos os vencedores de vários festivais internacionais, como “Griffin in Summer”, de Nicholas Colia, galardoado no Festival de Tribeca; “Anora”, de Sean Baker, vencedor em Cannes; “In the Summers”, de Alessandra Lacorazza Samudio, que ganhou o Sundance; e “Bobo Trevino Likes It”, de Tracie Laymon, distinguido no SXSW.
Estarão igualmente em destaque a estreia portuguesa de “Ezra”, realizado por Tony Goldwyn, “A Bronx Tale, The Original One Man Show”, peça autobiográfica que conta a história da infância de Chazz Palminteri no Bronx durante a década de 1960, “Group Therapy”, de Neil Berkeley, e “Jazzy”, da cineasta Morrisa Maltz e com produção executiva da atriz nomeada para os Óscares da Academia Lily Gladstone. Todas as sessões contam com um espaço de perguntas e respostas no final da exibição.
Na secção portuguesa, apresentam-se os filmes “Chuva de Verão”, de António Mantas Moura; “Podia Ter Esperado Por Agosto”, de César Mourão; “Praxx — Fim De Semana”, de Patrícia Sequeira. Também existe lugar para documentários como “George”, de Sofia Pinto Coelho, ou para séries, como “Azul”, realizada por Pedro Varela. No que toca a podcasts ao vivo, “Coisa Que Não Edifica Nem Destrói”, de Ricardo Araújo Pereira, “Geração 70”, de Bernardo Ferrão, “Geração 80″, de Francisco Pinto Balsemão, “O CEO É O Limite”, de Cátia Mateus, e “O Expresso da Manhã”, de Paulo Baldaia são alguns dos títulos propostos.