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João Soalheiro saiu da Teologia para o Património, demitiu pessoas, extinguiu serviços e colocou a ministra da Cultura em apuros

Em menos de um mês, o novo diretor do Instituto do Património Cultural criou mal estar no serviço que foi liderar. Acusado de ter “um comportamento rígido” e de ser uma pessoa de “difícil trato”, as decisões de João Soalheiro estão a ser investigadas. O próprio, ao Expresso, pede apenas “24 horas para respirar”

João Soalheiro
D.R.

“A Ministra da Cultura não toma decisões com base em cartas anónimas”. Foi desta forma que Dalila Rodrigues reagiu à mais recente polémica do setor, relativa à nomeação de João Soalheiro para a direção do Instituto do Património Cultural.

Acusado de, desde que tomou posse a 5 de junho, ter demitido funcionários e de assumir comportamentos desadequados, como exigir tratamentos excessivamente protocolares, que motivaram a redação de uma carta anónima enviada aos deputados, João Soalheiro está perplexo.

Ao Expresso, confirma as demissões e as extinções de alguns serviços e diz que se vai defender “em sede própria”. Até lá, pede apenas “24 horas para respirar”. Entretanto, a ministra anunciou esta quarta-feira no Parlamento, que ao tomar conhecimento dos factos descritos, o assunto foi encaminhado para a Inspeção Geral das Atividades Culturais que iniciou já um processo de averiguações. “No termo do qual a Senhora Ministra tomará uma decisão fundamentada em factos e não em especulações”, avançou ao Expresso o gabinete de Dalila Rodrigues.