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Cultura

Miguel Gomes no concurso principal de Cannes por “Grand Tour” ao lado de Francis Ford Coppola, David Cronenberg, Sean Baker, Jacques Audiard

É um acontecimento: há 18 anos que um filme português não concorria em Cannes pela Palma de Ouro. Com Gonçalo Waddington e Crista Alfaiate nos papéis principais, o novo trabalho de Miguel Gomes começa na Birmânia de 1917 e segue um cobarde funcionário do Império Britânico que foge da noiva no dia em que ela chega para o casamento. Mas a noiva não desiste. A preto e branco e a cores, em película 16mm. "Grand Tour" passa de Myanmar a Singapura, atravessando a Tailândia, o Vietname, as Filipinas, o Japão e a China, onde o percurso foi interrompido pela pandemia. A rodagem concluiu-se com os atores em estúdio

O cineasta Miguel Gomes
Patrícia Neves Gomes

Do futuro marido em fuga à noiva abandonada que lhe vai enviando telegramas, em viagem de aventuras, ao longo de uma Ásia que é de tempos colonialistas, será "Grand Tour" o regresso de Miguel Gomes a um romanesco cercado pelos desígnios insondáveis da História? Responderemos à pergunta assim que o filme for mostrado – e vai ser preciso ir a Cannes - mas tal como ele nos aparece, por palavras, na sinopse enviada pela produção, é certo que, numa primeira leitura (e pelas fotos a preto e branco enviadas), recorda "Tabu", até hoje o maior êxito do realizador. Se bem o conhecemos, é certo que "Grand Tour" será completamente diferente.