Miguel Guedes começou a arrumar a casa pelo telhado. Era uma questão de “sobrevivência” para o Coliseu do Porto. “Era a primeira necessidade, mas não era a única. O edifício precisa de ser reabilitado de fio a pavio”, diz o homem do leme da emblemática sala de espetáculos da Invicta que tinha como missão “salvar” a casa onde assistiu a concertos que o fizeram querer pisar um palco.
“Já não estamos em alto mar, a guiar-nos pelas estrelas. Estamos a navegar com a bússola apurada e sabemos que vamos atracar”, assegura, em entrevista ao Expresso, quando cumpre um ano como presidente da direção.
Miguel Guedes lamenta que, na última década, o Coliseu do Porto não tenha sido “olhado pelo poder político da forma que merece”. Defende a necessidade de “criar e replicar novos públicos”. Com ele, afiança, o Coliseu “não terá salas vazias por egos de programação”.