Tudo começou com um post no Facebook, escrito na noite de segunda-feira por Francisco Vale, responsável pela Relógio D’Água. Nele, o editor denunciava o facto de já circularem em Portugal “centenas de milhares de exemplares de clássicos ingleses, franceses, alemães, italianos ou russos traduzidos com recurso a programas de inteligência artificial (IA), do Google Translate ao ChatGPT, passando pelo DeepL.”
Mas não só. Francisco Vale acusava sobretudo uma congénere, a Book Cover Editora, de colocar massivamente no mercado livros a cinco euros graças a esta prática, e de o fazer “perante o desconhecimento dos leitores”, o silêncio das associações de tradutores ou da Sociedade Portuguesa de Autores e a indiferença da imprensa especializada.