Ativista em cada resposta que dá, João Fernandes, encontrou no Brasil terreno fértil para defender as causas em que acredita. Causas que passam pelo acesso à cultura e à arte de todas as camadas da população, uma tarefa hercúlea num país que tem muitos países dentro e onde a segregação e a desigualdade são ainda dominantes.
Esteve em Portugal para participar de uma conferência sobre a independência do Brasil e a conversa do Expresso com este curador, programador e diretor de museus e instituições culturais e artísticas é interminável. Uma conversa que deixa pontas soltas, que nos levam a outras geografias e áreas, porque para João Fernandes não há fronteiras entre música, fotografia, artes visuais, tudo se cruza, assim como centro e periferias fazem parte de um mesmo universo, mais amplo e inclusivo.