Exclusivo

Cultura

Lady Gaga em “Casa Gucci”. História de um animal mutante e de como chegou até aqui

“Casa Gucci”, de Ridley Scott, chega esta quinta-feira aos cinemas nacionais, com Lady Gaga como protagonista. Este foi o percurso da cantora tornada atriz

Courtesy of Metro Goldwyn Mayer

Dantes, os cantores cantavam. Depois desse tempo simples, as coisas complicaram-se e alguns praticantes da arte de cantar tornaram-se produtos complexos, onde, além da voz, há uma ‘imagem de marca’ associada, um ‘boneco’, um look. Ao canto misturam-se roupas, adereços, maquilhagens, atitudes. Em Portugal, os casos mais interessantes terão sido as Doce, Pedro Abrunhosa e, claro, António Variações. Na esfera internacional, abundam os exemplos, mas nenhum tão exuberante e desafiador quanto Lady Gaga. Na extraordinária volatilidade da sua ‘máscara’ — a sua identidade não é fonte de reconhecimento, mas de ousadas transfigurações —, de Lady Gaga se pode dizer ter a imagem de marca de animal mutante. De cada vez que a vemos, em cena, fora de cena (mas não é todo o mundo um palco?), está diferente. A metamorfose é a sua natureza.