Ele aí está, o filme que torna real a ‘impossível’ adaptação da saga de Frank Herbert que chega às salas de cinema neste princípio de quase normalidade (pelo menos na Europa Ocidental, lugar rico e em paz). Nesta chegada, joga tudo, incluindo a hipótese de se completar. Com efeito, o quebequense Denis Villeneuve não pôs em “Duna” todo o arco narrativo do livro de Herbert, deixando a ação no ponto em que o herói (Paul Atreides/Timothée Chalamet) contacta e consegue a confiança dos Fremen, o povo que vive no desértico planeta Arrakis, de onde vem a mágica ‘especiaria’ sem a qual não há navegação interestelar possível. O resto da narrativa — na realidade, toda a resistência e luta contra o despótico império que governa a galáxia — ficará para um filme futuro, que, todavia, só existirá se os resultados de bilheteira de “Duna” forem interessantes para os investidores.
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