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Cultura

Festival de Veneza. E ao quinto dia chegou Ana Lily Amirpour

O Expresso está no 78º Festival de Veneza. A cineasta britânica, de origem iraniana, voltou à montra principal da Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica com “Mona Lisa and the Blood Moon”. Destaque também para “Sundown” de Michel Franco e “Illusions Perdues” de Xavier Giannoli

"Mona Lisa and the Blood Moon", de Ana Lily Amirpour

O que faz a singularidade dos festivais de cinema que valem a pena é nunca estarmos certos do que vem aí. Como se trata de filmes em estreia mundial, não há referências possíveis, comentários-muleta, âncoras por ouvir dizer. Quando muito, há o conhecimento do passado dos cineastas para acelerar ou ralentar expectativas. Mas, mesmo isso, vale o que vale.

Veja-se o caso de Ana Lily Amirpour, que espantou meio mundo com o seu filme de estreia (“Uma Rapariga Regressa de Noite Sozinha a Casa”, em 2014) e espaventou outro meio com o filme seguinte (“The Bad Batch - Terra Sem Lei”, em 2016) que metia canibais e tudo numa surpreendente orgia de mau-gosto que o Festival de Veneza premiou (o que não fez dele um filme melhor do que era).