Avignon, a velha cidade da Provença, em França, onde o majestoso palácio dos Papas continua a impressionar ao fim de sete séculos, fornece anualmente cenário para uma grande festa das artes. Fundado em 1947 por Jean Vilar, o Festival de Avignon tem uma longa e distinta história, permanecendo como um dos principais eventos no calendário teatral da Europa. Segunda-feira foi anunciado que o ator e encenador português Tiago Rodrigues, atual diretor do Teatro Nacional D. Maria II (e Prémio Pessoa em 2019), será diretor de Avignon a partir do próximo ano. A informação surgiu no dia inicial do festival, em que, por coincidência ou não, Rodrigues também estreou a sua encenação de "O Cerejal", de Tchekhov.
Exclusivo
“Uma das singularidades do teatro é o facto de tudo poder correr mal”: Tiago Rodrigues, o novo diretor do Festival de Avignon
O encenador português, anunciado como próximo diretor do festival de Avignon, explica ao Expresso como tem sido fazer teatro em época de pandemia, e por que é que ele faz falta: "Há uma espécie de militância", sublinha. Por outro lado, assume a importância do cargo que vai ocupar: "O público viaja de propósito para Avignon, fica lá algumas semanas e respira teatro 24 horas por dia. É uma grande prazer e responsabilidade fazer com que essa utopia continue a ser construída"