O intenso azul-cobalto que cobre corredores e escadaria do Convento de São Paulo impressiona pela mestria e pela quantidade. São 50 mil azulejos, desenhados pelas melhores oficinas de Lisboa durante os reinados de D. João V e D. José I que fazem deste espaço um hotel-museu. O convento, no entanto, remonta a 1182, erguido por pertencentes à ordem de São Paulo Ermita, preservando ainda diversos traços originais. Há muito mais para desfrutar neste refúgio de serenidade. Também dentro de portas mas sobretudo lá fora, as florentinas são outro dos ícones do local.
Procure pela Fonte do Dragão, classificada como Monumento Nacional, no jardim das Quatro Estações; admire a fonte dos Golfinhos, na Portaria Nova, e saiba que a fonte do Leão, junto à entrada principal, era palco de verdadeiras romarias. Aprecie as muitas terracotas num passeio pelo jardim dos Noviços. Aliando história e modernidade, o Hotel Convento de São Paulo, em plena serra d'Ossa oferece diferentes tipologias de quartos em vários edifícios e um constante regresso ao passado. Os 27 quartos, instalados no edifício principal, oferecem o mesmo cenário de fundo, partilhado pelos cinco quartos Cruzeiros, acomodados nas antigas cavalariças.
Mergulhe numa das duas piscinas envoltas por natureza, jogue uma partida ténis, leve os mais pequenos a conhecer o curral das ovelhas e o burro Gaspar, apresente-lhes a sala de brincadeiras ou parta à descoberta da serra d’Ossa em trilhos devidamente assinalados que se estendem para além da propriedade com 750 hectares. Os mais próximos, com parte do caminho em passadiços, passam por locais como as hortas, os jardins e os pomares, enquanto os mais aventureiros oferecem percursos entre seis a 20 km.
Localizado na aldeia da serra D’Ossa, no concelho de Redondo, o Hotel Convento de São Paulo (Tel. 266989160) convida ainda a relaxar à mesa do restaurante O Eremita, que numa antiga capela oferece uma atmosfera incomum e uma montra da gastronomia alentejana. Sobre o restaurante pode ler-se na edição 2022 do guia Boa Cama Boa Mesa: "Os painéis de azulejos setecentistas nas paredes e os frescos, quase efémeros, do teto são como que uma galeria aberta na sala do restaurante. O ofício de bem cozinhar está nas mãos do chef Duarte Laranjinho. Fiel à receitas típicas alentejanas, como a “Cabeça de xara” ou a “Sopa de tomate com ovo escalfado”, alarga o espetro gastronómico a outras latitudes, com o “Gnocchi de batata, salteados com bottarga e manjericão”. Aconselhe-se com o escanção Fábio Nico e termine com o “Pudim de água.”