A Europa desalinhada

Por favor, nada de Estados Unidos da Europa!

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Em 22 de maio de 2014, realizam-se as próximas eleições europeias. Prometem transformar-se num ajuste de contas: não é de excluir que os populismos de esquerda e de direita, que não querem que a Europa ganhe mais peso, se tornem uma força influente no Parlamento Europeu. Se os políticos dos partidos centristas não apresentarem a sua própria visão do futuro da Europa, o populismo surgirá como a única alternativa política. Eis quatro pilares em que pode assentar outro rumo para a Europa.

A unificação europeia esteve, durante muito tempo, focada nas fronteiras interiores - a conhecida ideia de "guerra, nunca mais". Mas, nas próximas décadas, vai ter de se centrar sobretudo nas fronteiras exteriores. O que fundamentalmente motiva a integração situa-se fora do continente, uma vez que o velho continente já não ocupa o mesmo lugar neste novo mundo. Quando a Europa pede ajuda a países como a Índia, Brasil ou China, para superar a crise monetária, percebemos que algo fundamental mudou. Um novo discurso sobre a "Europa" deve, pois, não ter já Berlim como ponto de partida, mas Pequim; deve deixar de começar em Paris, mas em São Paulo.