A Europa desalinhada

O fascismo na ponta da forquilha

Presseurop

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Aristocratas de Jaguar e camponeses. Patrões e operários desempregados. Camionistas sob a mira da Equitalia [empresa pública encarregada da cobrança de impostos], novos ideólogos do fascismo e jovens dos centros sociais de esquerda. Apoiantes e ex-apoiantes da Liga do Norte e de Beppe Grillo. Antigos militantes do Partido Democrático (PD) e detratores do seu novo secretário nacional, Matteo Renzi. Sindicalistas de base ou antigos membros da Confederação Geral Italiana do Trabalho (de esquerda). Opositores aos impostos e independentistas venezianos. Imigrantes e hooligans.

O movimento dos "Forconi" que varre atualmente a Itália, de norte a sul, é um magma, uma caldeira em ebulição, que arrasta uma série de siglas e símbolos, políticos, sindicais ou pertencentes a diversos movimentos de protesto. Não tem uma cor política definida nem uma coordenação central ou líder carismático para o orientar. Em suma, não é racional, antes "espontâneo", como argumenta a maioria dos seus intervenientes.