O Bloco de Esquerda encerrou a campanha na Grande Lisboa com um comício no Barreiro, onde Francisco Louçã fez um verdadeiro tratado da anatomia do voto em José Sócrates: é perigoso, inútil, perdido, destrutivo, comprometido, paralisado.
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Ou pode representar ainda algo mais. "O voto em José Sócrates passou a ser um voto com um brinde, para que Paulo Portas entre no Governo ou faça um acordo com Pedro Passos Coelho".
No Barreiro, Louçã retomou e aprofundou o tom dos apelos feitos em Lisboa, na Rua Augusta. À medida que se esgota a campanha, Louçã adopta um discurso de proximidade cada vez maior. "O voto está nas tuas mãos!", disse.
Mais adiante: "Meu caro amigo: o voto é teu até domingo. Mas no domingo vais dá-lo a alguém. E diz-me uma coisa: o voto fica bem entregue?. Não basta escolher, é preciso dar um sentido: "Não percas o teu voto amigo, vai à luta".
Num discurso em dados momentos inspirado em Barack Obama- "Sim, nós somos capazes! Sim, nós podemos", repetiu -, o líder do Bloco combateu ainda a abstencionistas e os que votam em branco. "Não ir lá ou ir lá e não dizer, é fugir às responsabilidades", afirmou.
O primeiro orador da noite foi Fernando Rosas, ex-deputado por Setúbal, que igualmente piscou o olho aos indecisos socialistas. "Como vocês, amigos, votantes hesitantes do PS..."
No comício realizado na Sociedade Democrática União Barreirense "Os Franceses", o mandatário do BE no distrito lançou ums aviso aos abstencionistas: "Não é votar é, nestas condições, votar nos inimigos do povo".