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Tribuna

A casa do remo onde ninguém quer remar

Foz Côa. O Centro de Alto Rendimento para o remo nunca lá teve 
um estágio das seleções nacionais. E está por pagar a quem o projetou

Luís Ahrens Teixeira, presidente da Federação Portuguesa de Remo , diz que o Rio Douro, onde está localizado o Centro de Alto Rendimento do Pocinho, “é péssimo para a prática do treino de alta competição”, opinião que não é secundada pelo seu antecessor, António Rascão Marques

As constatações de Pedro Fraga são perentórias: “Uma estrutura desta magnitude, só para o remo em Portugal, é uma coisa única (...), podemos combinar o que já existia de bom, a água, com uma série de infraestruturas de topo mundial.” As frases constam do testemunho deixado pelo antigo remador olímpico, campeão europeu e vencedor de medalhas em Taças do Mundo, no site oficial do Centro de Alto Rendimento (CAR) do Pocinho, inaugurado nas beiças do rio Douro em 2016, com a pompa da presença de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas, “nos últimos anos”, a “única federação nacional” a usar a infraestrutura que custou cerca de 8,4 milhões de euros, e até “várias vezes” por cada volta ao calendário, foi a de futebol.