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COP28

“Não temos mais tempo a perder e sabemos que o caminho passa pela descarbonização gradual”, diz chefe da delegação portuguesa na COP28

A secretária de Estado da Energia e Clima tem sido por estes dias a chefe da delegação portuguesa na conferência do Clima (COP28), que decorre no Dubai até 12 de dezembro. Ana Fontoura Gouveia, em entrevista ao Expresso, mantém o otimismo: diz que Portugal e a UE vão acabar com os subsídios à indústria fóssil até 2030 e desvaloriza o peso dos elementos da indústria fóssil acreditados na conferência do Dubai

Ana Fontoura Gouveia, secretária de Estado da Energia e Clima
José Fernandes


Portugal é um dos 123 países que se comprometeram a triplicar a produção de energias renováveis e a duplicar a eficiência energética nos próximos seis anos, indo ao encontro da ambição traçada pela Agência Internacional de Energia. O compromisso foi assinado numa reunião ministerial dedicada à energia, realizada esta terça-feira, na COP28. Foi a esse propósito que Ana Fontoura Gouveia conversou com o Expresso por telefone.

Que balanço faz deste dia dedicado às energias, em particular com o alcance de um acordo assinado por mais de uma centena de países para triplicar as energias renováveis globalmente até 2030?
Sabemos que a redução de emissões de combustíveis fósseis é um dos assuntos mais difíceis nesta COP e, para conseguir progressos, temos que assegurar ação. O documento, assinado esta terça-feira por 123 países, entre os quais Portugal, é um compromisso com uma meta global que nos permitirá triplicar a capacidade instalada de renováveis e duplicar a eficiência energética. É muitíssimo importante para o nosso objetivo de eliminar os combustíveis fósseis. Vamos continuar a trabalhar nos restantes dias da COP para conseguirmos mais países signatários.