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COP28

Ao fim de 4 dias as polémicas em torno de Al Jaber sucedem-se mas o dinheiro "lava mais verde"

Em quatro dias de cimeira do Clima, o presidente designado Sultan Al Jaber, voltou a ser chamuscado por palavras próximas do negacionismo climático, ditas duas semanas antes. E entre o que diz e o que faz, o Brasil também aparece manchado por novos negócios de petróleo. Entretanto, enquanto o Fundo para Perdas e Danos ainda não cresceu mais do que os 430 milhões de dólares anunciados, aumentam com muitos mais dígitos os financiamentos para “estreitar o fosso do financiamento em alternativas tecnológicas” para a ação climática.

RULA ROUHANA

A ciência diz-nos que o mundo tem seis anos antes de se esvair a capacidade de o planeta conseguir lidar com tamanha concentração de emissões de gases de efeito de estufa. Porém, perante a emergência climática, continuam a dar-se “passos de bebé” para cumprir a meta de não deixar o aquecimento global ultrapassar a fasquia média de mais 1,5 graus. As palavras foram proferidas por Simon Stiell, o secretário executivo na ONU para a conferência das partes do Clima, na abertura da cimeira (COP28), a 30 de Novembro.

Um dia depois, foi a vez de o secretário geral da ONU António Guterres reforçar a ideia: “A ciência é clara: o limite de 1,5ºC só é possível se deixarmos de queimar todos os combustíveis fósseis. Não reduzir, não diminuir. É preciso eliminar gradualmente, com um calendário claro”. Porém, ainda persistem discursos negacionistas, a começar por novas revelações de palavras do presidente da COP28, Sultan Al Jaber, que já tentou emendar a mão.