No dia em em que passam dez meses sobre a morte de seis jovens na praia do Meco, as famílias das vítimas conseguiram uma semivitória: o tribunal de Setúbal aceitou levar o caso para instrução e reapreciar os indícios recolhidos durante a investigação.
O advogado das famílias, Vítor Parente Ribeiro, tinha pedido para serem ouvidas mais quarenta testemunhas, mas a juiz só aceitou chamar quatro desta lista.
Em julho deste ano, o Ministério Público arquivou o processo por considerar que não havia indícios de crime na morte dos seis estudantes da Universidade Lusófona arrastados por uma onda a 15 de dezembro do ano passado. Agora, se concordar com a tese da família das vítimas, a juiz de instrução pode mandar o caso para julgamento.
Até ao momento, Paula Brum, advogada de João Gouveia, não receceu qualquer notificação do tribunal. Ou seja, oficialmente, o 'dux' da Lusófona ainda não foi constituído arguido. "Estou tranquila com todo o processo. A mudança de estatuto processual em nada altera a decisão de arquivamento", diz a advogada ao Expresso.
[notícia corrigida às 18h25]