Há cada vez mais mosquitos transmissores de doenças, como a dengue, a febre-amarela e a febre do Nilo Ocidental, no espaço europeu. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa) quer os países de olho nesta ameaça, que tem emergido impulsionada, em parte, pelas alterações climáticas. “Na Europa a situação ainda é diferente da América ou da Ásia, porque a densidade dos mosquitos não é tão alta. Mas temos de nos preocupar e preparar”, afirma Céline Gossner, principal especialista do ECDC em doenças emergentes e transmitidas por vetores, numa conferência na sede do organismo, em Estocolmo. A “tendência para mais ondas de calor, verões mais longos e mais quentes, mais seca, e, por outro lado, mais chuvas e inundações” cria um “habitat confortável” para os mosquitos viverem — e por isso estão a deslocar-se para norte. Por conta do aumento da temperatura, o tempo que o mosquito leva desde que transmite o vírus a uma pessoa até voltar a conseguir transmitir está a reduzir-se.
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Doenças transmitidas por mosquitos: Europa pede cautela aos países
Centro Europeu da Prevenção e Controlo de Doenças está preocupado com prevalência de algumas doenças. Alterações climáticas são responsáveis pela maior presença de mosquitos em território europeu