Morreu Frédéric Othon Théodore Aristidès, o autor francês de banda desenhada e criador da série "Philémon", a sua obra de referência. Fred, o seu nome artístico, trabalhou em importantes publicações internacionais como o "France-Soir", "Punche" e "The New Yorker".
Desenhador e argumentista, foi por duas vezes premiado em Portugal como melhor autor estrangeiro, no Festival de Banda Desenhada da Amadora, em 1995 e 1997.
De ascendência grega, Frédéric Othon Théodore Aristidès nasceu em Paris, em 1931, e estreou-se no desenho humorístico numa publicação para crianças, mantendo durante vários anos colaborações com vários jornais franceses, tais como "Ici-Paris", "France-Dimanche" e "Paris Match".
Philémon era a sua personagem mais famosa
En 1966, René Goscinny, então editor na revista "Pilote", publicou "La Clairière des trois hiboux", o primeiro episódio protagonizado por Philémon, uma das personagens mais conhecidas criadas por Fred.
A admiração que René Goscinny - "pai" de Astérix e Lucky Luke - nutria por ele contribuiu para a fama internacional de Philémon.
Em 1980, Fred fundou a revista "Hara Kiri", junto com os amigos Georges Bernier e François Cavanna.
Seis anos depois, publicaria o primeiro número de "Philémon", que chegaria a somar 15 volumes.
Entre as suas obras publicadas, além da série "Philémon" - da qual está editada um volume em Portugal - contam-se, por exemplo, "Le Petit Cirque", "A história do corvo de ténis", "A história do contador eléctrico" e "O diário de Jules Renard lido por Fred", títulos também editados no mercado nacional.
Fred foi um dos poucos autores de banda desenhada a ser duas vezes premiado no festival de Angoulême, em 1980 e em 1994, ano em que foi distinguido com o álbum "A história do corvo de ténis".
Também trabalhou em televisão e em cinema. E foi ainda conselheiro do Governo francês para a área da banda desenhada.