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Justiça

Como uma carta anónima em ano de autárquicas e um pequeno carro elétrico fizeram cair o presidente da Câmara de Gaia

Eduardo Vitor Rodrigues e a esposa terão usado para fins pessoais um carro elétrico da autarquia que iria servir como “shuttle” para transportar idosos sem acesso a transportes públicos. O processo judicial, iniciado após uma carta anónima em 2017 (ano de eleições autárquicas) e um despacho do Ministério Público, conduziu esta terça-feira à perda de mandato do socialista e ao pagamento de uma multa no valor de 8400 euros. Mas os lesados vão recorrer da decisão

Ricardo Castelo/NFactos

O caso remonta a 2017, quando uma carta anónima acusava o Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia Eduardo Vítor Rodrigues e a mulher, Elisa Rodrigues, de usarem para fins pessoais um carro elétrico adquirido pela autarquia.

O veículo, um Renault Zoe comprado em regime de locação financeira pela empresa da câmara Águas de Gaia, era usado “como se fosse seu”, apontava o despacho de acusação do Ministério Público. “Em consequência desta atuação”, refere o MP, os arguidos “beneficiaram indevidamente” de 4.916 euros, valor das oito rendas da locação do veículo – entre novembro de 2017 e junho de 2018.