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Jornada Mundial da Juventude

Juventude Comunista Portuguesa: “Há certamente pontos de contacto [entre PCP e Igreja]”

Além do PS, o PCP foi o único partido à esquerda a marcar presença na JMJ. Nas redes sociais, a Juventude Comunista Portuguesa (JCP) foi criticada por considerar a JMJ um espaço de “convergência” de valores como a “paz” ou as “desigualdades”. Ao Expresso, um dos membros da direção da JCP confirmou os “pontos de contacto” que existem entre os comunistas e a ala “progressista” da instituição

Conferência Nacional do PCP, em novembro de 2022
Ana Baião

No dia da chegada do Papa Francisco a Portugal, a Juventude Comunista Portuguesa (JCP) partilhou as “convergências” entre os comunistas e o evento católico dedicado aos jovens. Numa publicação nas redes sociais, a JCP classificou a JMJ como um “potencial espaço de partilha, reflexão e convergência” de valores como a defesa da “paz”, da “fraternidade”, do “combate à pobreza”, à “precariedade” e às “desigualdades”. A aproximação do partido à Igreja – que tem uma posição bastante conservadora em relação aos direitos LGBT+ e é contra o aborto ou a eutanásia – não caiu bem a alguns dos simpatizantes que acusaram o partido de “conservadorismo”, “cinismo” e “oportunismo”.

Antes, Paulo Raimundo já tinha sido o único líder político à esquerda (com exceção do Governo) a marcar presença no encontro diplomático do Papa Francisco com a sociedade civil, no Centro Cultural de Belém. Tanto o Bloco de Esquerda como o Livre não marcaram presença em nenhum dos eventos da JMJ.