Amigos, quero ser claro: na Igreja há espaço para todos e, quando não houver, por favor façamos com que haja, mesmo para quem erra, para quem cai, para quem sente dificuldade”, disse o Papa Francisco no Parque Eduardo VII, chamado de Colina do Encontro durante os dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). E, dirigindo-se aos jovens, pediu: “Repitam comigo. Quero que digam na vossa própria língua: todos, todos, todos.”
“Todos, todos, todos” tornou-se, assim, uma espécie de slogan ou refrão desta JMJ. Mas há no “todos, todos, todos” mais do que um refrão para os jovens. Primeiro, há uma distinção que o próprio Papa fez no voo de regresso a Roma: a oração e acolhimento, por um lado, e as funções ministeriais, por outro. “A Igreja é aberta a todos, [mas] depois existem leis que regulam a vida dentro da Igreja.” Questionado sobre uma possível “incoerência” entre a Igreja para “todos” que defendeu ao longo da semana e a instituição que “não é igual para todos”, no sentido em que há caminhos vedados a “mulheres” ou “homossexuais”, o Papa considerou os termos da dúvida uma “simplificação”.