É no Dona Mãe que quase todos passam pela manhã para beber café. Fica numa esquina de um edifício rosa, numa perpendicular ao largo do centro paroquial. “Não se pode passar para além”, queixa-se uma mulher que traz um bebé ao colo. “Só queria ir ali ao multibanco e não me deixam passar a estrada.” Está irritada, vai ter de dar a volta toda ao Bairro da Liberdade, sair, voltar a entrar e descer uma rua para chegar a um local onde, num dia normal, bastava atravessar a estrada. Mas esta quinta-feira não é um dia normal.
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“Diz que Papa é Deus, mas Deus não é. Amanhã tudo isto não será nada”: o bairro foi varrido para Francisco que passou por lá sem vê-lo
Na última semana, os carros da autarquia chegaram a passar duas vezes ao dia para limpar as ruas do Bairro da Liberdade. Os caixotes foram esvaziados várias vezes e as ervas daninhas arrancadas da beira da estrada. “Faz-me lembrar quando limpamos a casa à pressa porque as visitas vão lá a casa”, comenta uma das moradoras. Francisco chegou pela manhã, foi recebido no centro paroquial, mas não visitou o local