O Papa ia mais ou menos a meio do discurso que tinha preparado quando o cansaço, e as luzes do auditório do Centro Paroquial São Vicente de Paulo, no Bairro do Serafina, o fizeram parar. “São muitas as coisas que queria dizer-vos agora (...) mas não consigo ler bem. Vou deixar isto [o discurso] para depois publicarem, [porque] isto não se pode perder e eu não posso insistir” no esforço.
Assim, Francisco foi obrigado a improvisar a segunda metade do texto, o que até o tornou mais vívido: “Não há amor abstrato”, vincou o Papa, amor que não “suja as mãos”. “Quando dou a mão a uma pessoa necessitada ou a um doente, se tiro a mão para que não me contagiem, eu tenho horror à pobreza?”, perguntou, num dos bairros mais pobres da capital.