"É sempre fácil inventar polémicas, concentremo-nos nos resultados", afirmou António Costa esta segunda-feira, numa visita ao Parque Tejo, que acolhe o palco principal da Jornada Mundial da Juventude (JMJ2023), que decorre até domingo em Lisboa.
Desvalorizando as críticas feitas ao Governo pelos custos da JMJ2023, o primeiro-ministro garantiu que “está tudo pronto” para acolher centenas de milhares de peregrinos e saiu em defesa dos benefícios do evento para o país a curto, médio e longo prazo.
“Cada coisa tem o seu custo, mas não podemos viver sempre em função do que é o custo, mas também do benefício. Os frutos destas Jornadas prolongar-se-ão ao longo do tempo. É algo que fica e vai acrescentar valor ao conjunto deste território – a valorização do território tem um ganho económico e social enorme", afirmou António Costa em declarações aos jornalistas, ao lado dos autarcas de Lisboa e Loures.
Segundo o chefe do Governo, o evento – que juntará mais de um milhão de pessoas – , tem em si quer um “efeito catalisador”, quer um “efeito de retorno imediato”.“Isto porque estas centenas de milhares de pessoas que vieram a Portugal para este evento são pessoas que estão a consumir nos restaurantes, nos cafés, estão a instalar-se nos diferentes estabelecimentos da hotelaria, estão a circular nos nossos meios de transporte e, porventura, irão comprar mais alguma coisa”, sustentou. Os resultados económicos imediatos vão ser “mensuráveis”, mas a prazo também serão, insistiu.
Para o primeiro-ministro, tão ou mais importante será o conhecimento de Portugal no mundo e do seu “potencial”, através da cobertura do evento pela comunicação social estrangeira. “É um grande fator de animação do país, de dar a conhecer o país e uma oportunidade de demonstrar a nossa capacidade organizadora e continuar a afirmarmo-nos como um dos países mas seguros do mundo”, acrescentou.
"Sinceramente é preciso muita imaginação para procurar problemas onde devemos ver satisfação", atirou.
Questionado sobre as questões de segurança, Costa garantiu que está “tudo devidamente planeado” para receber o Papa e mais de um milhão de jovens peregrinos. "Está tudo devidamente articulado e, portanto, necessariamente preparado para que a tranquilidade seja assegurada, a segurança seja garantida e que tudo possa correr bem, mas naturalmente estando as diferentes forças e serviços prontos para poder tomar as medidas que sejam necessárias", disse, após ter visitado esta manhã a sede do Sistema de Segurança Interna, em Lisboa.
Afirmando que um evento desta dimensão requer uma “mobilização sem precedentes” e o envolvimento de todos os serviços de segurança, o apoio das Forças Armadas, dos serviços de emergência e proteção civil, de emergência médica, o primeiro-ministro admitiu que, “obviamente haverá sempre algum problema”. Mas no final, o balanço será muito positivo, em linha com outros grandes eventos realizados no país, como a Expo98 ou o Euro2004. "Eventos desta natureza dão uma projeção inimaginável ao país que não se reflete logo nas contas do ano, propriamente dito", concluiu.