Portugal esgotou a capacidade de resposta operacional em operações de ataque ampliado. Não há, no país, reforço para acorrer aos grandes incêndios. Um problema que surgiu com os fogos do outono de 2017, mas uma lição que o país ainda não aprendeu.
“O país não tem uma reserva permanente para as diversas operações de socorro, incluindo os fogos florestais”, afirma Duarte Caldeira, investigador em Proteção Civil e antigo presidente da Liga de Bombeiros Portugueses. “As regiões centro e norte estão a viver uma situação conturbada, devido à confluência de elevadas cargas de combustível na floresta e a uma meteorologia extremamente adversa, tal como aconteceu em 2017. Os meios foram preposicionados, mas a capacidade para ataque ampliado ficou esgotada, a manta é curta e se destapa de um lado, o outro fica descoberto”, vinca Duarte Caldeira.