Fernando Barreto Spínola, 59 anos, um empresário português na Venezuela, foi assassinado em frente à sua padaria, quando tentava ajudar uma cliente que estava a ser assaltada. Aconteceu no sábado, na urbanização de Los Dos Caminos, zona leste de Caracas, tendo o comerciante sido um dos 27 mortos registados na morgue local só neste último fim-de-semana.
"Eram mais ou menos 18 horas. Ele tentou auxiliar uma mulher que estava sendo roubada pelos motociclistas. Um deles agarrou uma pistola e deu-lhe um tiro. Foi levado para uma clínica onde faleceu", explicou uma das fontes à Lusa. O português terá sido atingido nas costas.
O número de mortes violentas não pára de aumentar no país. Os assaltos são apenas uma das causas. No caso de Fernando Barreto, os vizinhos contam que perderam a conta ao número de vezes que a padaria Claret foi assaltada Quase sempre por homens armados que se apoderam do dinheiro obtido nas vendas. Segundo o diário online "El Carabobeño", o empresário nunca resistiu.
O mesmo jornal explica que Fernando Barreto vivia na Venezuela há mais de 35 anos. Oriundo da Madeira, de onde saiu com um irmão, abriu a padaria com dois sócios há cerca de 18 ano, sendo também co-proprietário de uma loja de licores. Casado, deixa dois filhos.
Apontada pelos venezuelanos com o principal problema do país, a insegurança afeta tanto a estrangeiros como a nacionais como ainda estrangeiros radicados na Venezuela.
É frequente os venezuelanos reclamarem das autoridades que têm sido ineficientes os diferentes programas e esforços para combater a criminalidade.
Segundo fontes não oficiais, entre a noite da última sexta-feira e a manhã de domingo, 27 cadáveres deram entrada na morgue de Bello Monte, vítimas da insegurança na capital venezuelana.