O furacão Gabrielle intensificou-se esta segunda-feira para a categoria 4 na escala de Saffir-Simpson (máximo de 5), segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Apesar da força atual, o sistema só deverá aproximar-se dos Açores no final da semana, já enfraquecido.
O Gabrielle apresentava ventos máximos sustentados de 220 km/h, situando-se a 290 quilómetros das Bermudas, em direção ao norte-nordeste. Ainda a mais de 3.200 quilómetros do arquipélago português, os meteorologistas estimam que o ciclone poderá passar entre os grupos Ocidental (Flores e Corvo) e Central (Terceira, Graciosa, Pico, São Jorge e Faial) na sexta-feira, já como furacão de categoria 1.
“As pessoas nos Açores devem monitorizar a evolução do Gabrielle, que é atualmente um furacão de categoria 4 no Atlântico”, alertou o NHC.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) confirmou em comunicado que o estado do tempo vai agravar-se em todas as ilhas à medida que o ciclone se aproxima.
Além da ameaça nos Açores, o furacão deverá continuar a afetar a costa leste dos Estados Unidos — da Carolina do Norte ao Canadá Atlântico — provocando ondas fortes, correntes marítimas perigosas e condições adversas na navegação.
Temporada ciclónica intensa
O Gabrielle é já o sétimo ciclone do Atlântico em 2025, depois do furacão Erin e das tempestades Andrea, Barry, Dexter, Fernand e Chantal — esta última a única a tocar terra, causando duas mortes em julho na Carolina do Norte.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) prevê uma temporada acima da média, com até 18 tempestades tropicais, das quais até nove poderão evoluir para furacões.