Se a nova agência for mais eficiente – a “desburocratização não é um detalhe: é um dos pilares para uma ciência mais eficaz e com impacto” -, se der previsibilidade aos concursos, estabilidade ao financiamento e se não destruir o que foi já construído, então esta pode ser uma oportunidade para corrigir fragilidades e constrangimentos que têm sido apontados à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), comenta Maria Manuel Mota, diretora do Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular (GIMM) e uma das mais reputadas investigadoras nacionais. No entanto, é “essencial garantir que aquilo que foi construído com solidez ao longo de décadas não se perca neste processo de transição”, avisa, referindo-se ao desenvolvimento do sistema científico nacional, cujas bases foram lançadas por Mariano Gago há 30 anos.
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Extinção da FCT: “Sinal alarmante” ou “oportunidade”?
A fusão da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) com a Agência Nacional de Inovação foi anunciada na quinta-feira pelo Governo. Maria Manuel Mota, investigadora e diretora do GIMM, e a Associação de Bolseiros de Investigação Científica dividem-se na análise, mas concordam no que é preciso garantir