Em 2021, o Instituto Nacional de Estatística (INE) fechou o ano com lucro de quase 1,8 milhões de euros. Passado cerca de um ano, o lucro não chega para cobrir a coima de 4,3 milhões de euros que a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) anunciou esta segunda-feira devido às alegadas más práticas na gestão de informação de seis milhões de portugueses que responderam aos Censos 2021 através da Internet. Em causa está a contratação do serviço de cibersegurança da empresa Cloudflare. Segundo a CNPD, nada impedia que os dados recolhidos pelos Censos passassem por países que não dão garantias de privacidade - com os EUA referidos explicitamente. O INE já fez saber que vai recorrer aos tribunais – mas entre entendidos há quem acredite que a deliberação vai produzir efeito muito para lá das fronteiras nacionais.