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Ciência

Investigadores portugueses confirmam que pele de tomate elimina bactérias resistentes

Ensaios no Instituto de Tecnologia Química e Biológica, que pertence à Universidade Nova de Lisboa, demonstraram que a cutina tem potencial para eliminar as bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli
Rita Escórcio e Cristina Silva Pereira, investigadoras do ITQB vão prosseguir com a investigação em torno da cutina nos laboratórios associados da Universidade Nova de Lisboa
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Onde a maioria das pessoas vê um tomate, Rita Escórcio vislumbra matéria-prima para produtos capazes de eliminar bactérias. E com isso esta investigadora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, da Universidade Nova de Lisboa (ITQB), pode ajudar a salvar muitas vidas, que se perdem todos os anos com infeções geradas por micro-organismos resistentes, que os antibióticos não conseguem eliminar.

A inovação tem por base uma macromolécula que dá pelo nome de cutina e está presente no tomate e noutros frutos. “Há alguns blocos que formam a cutina que interagem com as membranas das bactérias, e atuam da mesma forma que um alfinete que faz rebentar um balão… mas também verificámos que há blocos de cutina que também matam estas bactérias, através de outros mecanismos que ainda terão de ser investigados”, descreve Rita Escórcio, aluna de doutoramento do ITQB.