Uma semana após terem sido partilhadas com o mundo as primeiras imagens obtidas pelo James Webb, agora o maior e mais potente telescópio espacial alguma vez concebido voltou a impressionar com um belo retrato da galáxia NGC 628, também conhecida como Messier 74, localizada na constelação de Peixes.
A galáxia NGC 628 já tinha sido fotografada pelo ESO e pelo Hubble na luz visível, o que permitiu obter imagens com cores semelhantes às que seriam vistas a olho nu. Isso permitiu perceber que se trata de uma galáxia espiral, muito semelhante à Via Láctea.
Mas aquilo que o James Webb mostra é completamente distinto: ao observar na banda do infravermelho (radiação invisível aos nossos olhos), é possível captar uma imagem, onde chama a atenção a cor roxa, das densas nuvens de poeira e gás, matérias-primas essenciais para o nascimento de novas estrelas na galáxia NGC 628.
A NGC 628 está virada de frente para a Via Láctea e foi descoberta em 1780 por Pierre Méchain, assistente do célebre astrónomo francês Charles Messier.
Esta galáxia, observada no infravermelho médio, fica a 32 milhões de anos-luz de distância — o que, na verdade, é um pequeno passeio para o Webb, uma vez que logo na sua primeira imagem de campo profundo conseguiu identificar uma galáxia a 13,1 mil milhões de anos-luz.
A expectativa é que consiga avançar ainda mais 500 milhões de anos na exploração do universo primordial, como uma máquina do tempo capaz de viajar até 200 milhões de anos após o Big Bang.